Epílogo
Já
tentou se olhar no espelho e encarar a profunda realidade sem se
decepcionar?
Já
tentou ser você mesmo consigo mesmo?
Já
tentou ser você mesmo sem ter nenhuma expectativa de que alguém se
agrade?
Já
tentou tirar do peito seu coração ainda batendo e entrega-lo a
alguém?
É
como ser surpreendido por um turbilhão de sentimentos
É
ser pego desprevenido consigo mesmo
É
não imaginar o explicito
Seria
muito simples para ser real, porém é
É
como querer desenterrar o que está ao ar livre
É
como andar em círculos para alcançar algo que já se tem
É
não imaginar o explícito
Que
de tão simples se torna especial
É
como se olhar só pra se ver
É
como dispensar qualquer coisa
É
não enxergar o elementar
Que
de tão intrínseco se torna banal, mas não é
É
como um altruísmo fatalmente egoísta
É
como abrir mão de ser quem se é
Para
que se possa ser juntos
Mesmo
que jamais entendam
É
como uma obra de arte abstrata
Peça
única e rara
Que
os olhos humanos apenas são capazes de admirar
Mas
que nunca irão entender nem experimentar
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