segunda-feira, 27 de agosto de 2012

POEMA DO DIA

Epílogo

Já tentou se olhar no espelho e encarar a profunda realidade sem se decepcionar?
Já tentou ser você mesmo consigo mesmo?
Já tentou ser você mesmo sem ter nenhuma expectativa de que alguém se agrade?
Já tentou tirar do peito seu coração ainda batendo e entrega-lo a alguém?

É como ser surpreendido por um turbilhão de sentimentos
É ser pego desprevenido consigo mesmo
É não imaginar o explicito
Seria muito simples para ser real, porém é

É como querer desenterrar o que está ao ar livre
É como andar em círculos para alcançar algo que já se tem
É não imaginar o explícito
Que de tão simples se torna especial

É como se olhar só pra se ver
É como dispensar qualquer coisa
É não enxergar o elementar
Que de tão intrínseco se torna banal, mas não é

É como um altruísmo fatalmente egoísta
É como abrir mão de ser quem se é
Para que se possa ser juntos
Mesmo que jamais entendam

É como uma obra de arte abstrata
Peça única e rara
Que os olhos humanos apenas são capazes de admirar
Mas que nunca irão entender nem experimentar

Autor: Pablo Henrique Prancheski

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