O ciúme é um sentimento que nos faz sentir incomodados com certas situações que anteriormente eram insignificantes, como, por exemplo, a atenção de um namorado para com a namorada, a beleza de uma amizade, o cuidado de um pai para com um filho, o sucesso profissional de um colega ou o reconhecimento de suas habilidades em determinada função, etc.
Uma insatisfação,
aparentemente sem motivos, toma conta da pessoa que acredita, ainda que
não seja verdade, estar perdendo a atenção e o carinho. Supõe não ter as
mesmas chances que seu irmão, parente ou colega.
Quando o ciúme toca os
relacionamentos, qualquer coisa poderá ser motivo para alimentar um
espírito de competição e de disputa. Com isso, a pessoa que era dócil,
compreensiva e companheira, torna-se áspera, agressiva nas respostas e
pouco solícita. Isto, certamente poderá destruir uma convivência que
anteriormente era saudável. Entretanto, se questionada, essa pessoa
prontamente justificará seu comportamento com outras respostas.
Dificilmente admitirá sentimento de ciúme.
Ao alcance dos tentáculos do sentimento de ciúme poderá estar nossas famílias.
Este “micróbio” tentará se instalar, contaminar e matar a amizade que deveria ser eterna entre os parentes. Não é difícil se notar a disputa discreta ou as provocações sem sentido entre os irmãos por coisas sem importância.
Penso que tal sentimento poderá surgir quando a pessoa envolvida por um medo equivocado, acredita ser menos amada, não ter a mesma preferência de antes ou suspeita da possibilidade de ser privada daquilo que valoriza profundamente.
Algumas situações poderão se tornar mais crônicas quando, em meio a todas as supostas verdades, se encontra a desconfiança da honestidade de quem amamos. Trabalhando
em nossa imaginação, o ciúme nos faz criar situações que não existem;
deduzimos coisas que vemos apenas nos filmes da nossa mente.
Infelizmente, por essas atitudes, estará instalada em
nossos relacionamentos a grande sombra da inquietação, potencializada
pela insegurança que insistirá em assombrar a nossa paz de espírito.
Outras pessoas, mergulhadas em suas equivocadas convicções ou tomadas pelo pavor de experimentar o suposto abandono, chegam ao limite de privar a quem se ama do direito da vida.
O amor verdadeiro traz a cumplicidade e o compromisso pela felicidade mútua.
Ainda que possamos sentir, em alguns momentos, uma pequena dose de ciúmes, é necessário aprender a lidar com as nossas inseguranças. À medida que vamos conquistando a autoconfiança, o respeito pelo espaço do outro, estaremos também cultivando a saúde dos nossos relacionamentos.
Ainda que possamos sentir, em alguns momentos, uma pequena dose de ciúmes, é necessário aprender a lidar com as nossas inseguranças. À medida que vamos conquistando a autoconfiança, o respeito pelo espaço do outro, estaremos também cultivando a saúde dos nossos relacionamentos.
Todo aquele que se dispõe a amar e a viver um bom relacionamento, zela pelos cuidados necessários para a sadia convivência com a pessoa amada. E isso não faz do outro objeto de sua pertença. Por mais que amemos a pessoa ao nosso lado, não temos o direito de posse da sua liberdade.
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