Intensidade (Verde)
Tudo mudou, o céu está escuro e as nuvens estão verdes
Como encontrarei as pessoas que amei
Quanto arrependimento ainda suportarei
Não vejo mais rostos amigos
Os milagres são intocáveis para mim
O verde da grama sumiu
As árvores secaram
O anticristo se exaltou acima do que era capaz
Mas nunca foi capaz de nada na verdade
Apenas de sua destruição
Os quatro cavaleiros vieram
As trombetas e os selos foram reais
Os anjos desceram para que se cumprissem as promessas
Alguns foram levados
Eu fiquei...
As páginas do livro que não pode ser nomeado ainda
queimam em minha memória
Hoje apenas vejo letras verdes nas telas, códigos que não
decifro
Códigos que mostram no que nós nos tornamos
Meras máquinas a mercê de sua própria ignorância
As letras e os números verdes nas telas onde minha face
reflete o medo
Vejo-os vindo, os traidores da paz
Eles me agarram pelos braços por eu ainda ter meu livro
inominável
Eu começo a lê-las, oro para que meu destino seja rápido
Para alcançar minha salvação eu preciso ser morto pelo
que acredito
Mas sei que aquilo que acredito é o que me levará a
eternidade
Eles amarram meus braços contra meu corpo
Eu vejo o anticristo ajoelhado virando a cruz de cabeça
para baixo
Vejo a mulher de vermelho derretendo como fogo sobre os
chifres
Vejo as letras verdes em grandes telas onde meu rosto é
filmado como exemplo
Exemplo do que acontece com aqueles que ainda acreditam
na Palavra, meu último suspiro
Epílogo:
O jovem morre
A Bíblia cai de seus braços depois de desamarrados, enquanto
suas últimas palavras ressoam
O apocalipse é real
O verde das letras e do veneno terá lugar, para que o
verde da esperança volte a existir
Autor: Pablo
Henrique Prancheski
Que poema massa Pablão! Entrelaçado com o apocalípse, muita emoção na história narrada. Parabéns Rapaz!!!
ResponderExcluir