terça-feira, 25 de setembro de 2012

Anencefalia

A anencefalia é uma má-formação rara do tubo neural, caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da calota craniana, proveniente de defeito de fechamento do tubo neural nas primeiras semanas da formação embrionária.

Ao contrário do que o termo possa sugerir, a anencefalia não caracteriza casos de ausência total do encéfalo, mas situações em que se observam graus variados de danos encefálicos.

Na prática, a palavra "anencefalia" geralmente é utilizada para caracterizar uma má-formação fetal do cérebro. Nestes casos, o bebê pode apresentar algumas partes do tronco cerebral funcionando, garantindo algumas funções vitais do organismo. Trata-se de patologia letal. Bebês com anencefalia possuem expectativa de vida muito curta, embora não se possa estabelecer com precisão o tempo de vida que terão fora do útero. A anomalia pode ser diagnosticada, com certa precisão, a partir das 12 semanas de gestação, através de um exame de ultra-sonografia, quando já é possível a visualização do segmento cefálico fetal. O risco de incidência aumenta 5% a cada gravidez subsequente. Inclusive, mães diabéticas têm seis vezes mais probabilidade de gerar filhos com este problema. Há, também, maior incidência de casos de anencefalia em mães muito jovens ou nas de idade avançada. Uma das formas de prevenção mais indicadas é a ingestão de ácido fólico antes e durante a gestação.

Não existe cura ou tratamento padrão para a anencefalia e o prognóstico para estes pacientes é a morte. A maioria dos fetos não sobrevivem ao nascimento, o que corresponde a 55% dos casos não abortados. Quando a criança não é um natimorto (nasce sem vida), ela geralmente morre de parada cardiorrespiratória em poucas horas ou dias após o nascimento.

Entretanto, já existiram casos relatados de anencefalia que os pacientes sobreviveram até 2 anos após o nascimento.

Em um caso que se tornou famoso no Brasil (ocorrido no Município de Patrocínio Paulista), uma criança diagnosticada como anencéfala viveu por um ano, oito meses e doze dias após o nascimento. A menina, batizada de Marcela de Jesus Galante Ferreira, nasceu no dia 20 de novembro de 2006 e morreu no dia 31 de julho de 2008. Marcela não tinha o córtex cerebral, apenas o tronco cerebral, responsável pela respiração e pelos batimentos cardíacos. A menina faleceu em consequência de uma pneumonia aspirativa. Segundo Márcia, a sobrevivência surpreendente de Marcela foi "um exemplo de que um diagnóstico não é nada definitivo".

O Brasil autorizou em 2012 a realização do aborto terapêutico para fetos com anencefalia. Até então, grávidas com fetos com anencefalia precisavam de autorização judicial para realizar o aborto.

Abaixo um artigo que aborda como tema a anencefalia:
 
Por meio deste venho propor meu argumento a cerca de eliminar os problemas a serem encarados pela sociedade, no caso dos bebês anencéfalos. Afinal de contas, é bem mais fácil livrar-se das coisas que trazem consigo uma nova estrutura ou preparo social, que abalam a nossa zona de conforto, do que encarar o problema e buscar soluções, tratamentos e avanços nos aludidos casos, uma vez que se aprovada a legalização do caso em tela, as possíveis soluções ou melhorias na qualidade de vida de bebes anencéfalos, cairá no mar do esquecimento, deixando assim o direito a vida dos bebês, excluídos nas mais ignomínias profundezas da terra.
 
Devemos ter em mente que as tecnologias que identificam a anencefalia podem falhar, podem levar a óbito um feto que posteriormente, nasceria saudável. Não basta apenas aprovar o aborto dos anencéfalos, é preciso ter em vista toda a base médica, toda a estrutura possível, para depois se pensar com acuidade no aludido caso.
 
Comparo o presente feito, com a legalização da pena de morte em nosso País, posto que se tal pena fosse aprovada, tenho a plena certeza de que a injustiça iria pairar sobre a nossa sociedade, tendo em vista as dificuldades do poder judiciário, no que diz respeito as tecnologias, as capacitações de funcionários, ou seja, no que diz respeito a precisão das técnicas para se chegar a real situação que merece a pena de morte, dessa forma é o caso dos bebês anencéfalos, é preciso preparo, é preciso um maior aprofundamento dos fatos, é preciso humanidade.

Autor: Roberto César G. Vieira

Apenas reflita, em minha humilde opinião só tenho uma coisa a dizer: o Único quem tem o direito de nos tirar a vida é Aquele que de bom grado nos deu o direito de viver.

2 comentários:

  1. Pablo a sua descrição e pesquisa sobre a anencefalia, se encaixou como uma luva juntamente com aquilo que escrevi sobre o referido tema. Ficou fantástico Pablo. Parabéns.

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    1. Que isso meu amigo, sempre feliz com sua participação aqui no blog, é realmente gratificante ter pessoas que nos apoiam nessa blogosfera...

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