A
anencefalia
é uma má-formação rara do tubo
neural,
caracterizada pela ausência parcial do encéfalo
e da calota craniana, proveniente de defeito de fechamento do tubo
neural
nas primeiras semanas da formação embrionária.
Ao
contrário do que o termo possa sugerir, a anencefalia não
caracteriza casos de ausência total do encéfalo, mas situações em
que se observam graus variados de danos encefálicos.
Na
prática, a palavra "anencefalia" geralmente é utilizada
para caracterizar uma má-formação fetal do cérebro.
Nestes casos, o bebê pode apresentar algumas partes do tronco
cerebral
funcionando, garantindo algumas funções vitais do organismo.
Trata-se de patologia letal. Bebês com anencefalia possuem
expectativa de vida muito curta, embora não se possa estabelecer com
precisão o tempo de vida que terão fora do útero. A anomalia pode
ser diagnosticada, com certa precisão, a partir das 12 semanas de
gestação, através de um exame de ultra-sonografia,
quando já é possível a visualização do segmento cefálico fetal.
O risco de incidência aumenta 5% a cada gravidez subsequente.
Inclusive, mães diabéticas têm seis vezes mais probabilidade de
gerar filhos com este problema. Há, também, maior incidência de
casos de anencefalia em mães muito jovens ou nas de idade avançada.
Uma das formas de prevenção mais indicadas é a ingestão de ácido
fólico
antes e durante a gestação.
Não
existe cura ou tratamento padrão para a anencefalia e o prognóstico
para estes pacientes é a morte. A maioria dos fetos não sobrevivem
ao nascimento, o que corresponde a 55% dos casos não abortados.
Quando a criança não é um natimorto (nasce sem vida), ela
geralmente morre de parada
cardiorrespiratória
em poucas horas ou dias após o nascimento.
Entretanto,
já existiram casos relatados de anencefalia que os pacientes
sobreviveram até 2 anos após o nascimento.
Em
um caso que se tornou famoso no Brasil (ocorrido no Município de
Patrocínio
Paulista),
uma criança diagnosticada como anencéfala viveu por um ano, oito
meses e doze dias após o nascimento. A menina, batizada de Marcela
de Jesus Galante Ferreira, nasceu no dia 20 de novembro de 2006
e morreu no dia 31 de julho de 2008.
Marcela não tinha o córtex cerebral, apenas o tronco cerebral,
responsável pela respiração e pelos batimentos cardíacos. A
menina faleceu em consequência de uma pneumonia aspirativa. Segundo
Márcia, a sobrevivência surpreendente de Marcela foi "um
exemplo de que um diagnóstico não é nada definitivo".
O
Brasil
autorizou em 2012 a realização do aborto terapêutico para fetos
com anencefalia. Até então, grávidas com fetos com anencefalia
precisavam de autorização judicial para realizar o aborto.
Abaixo um artigo que aborda como tema a anencefalia:
Por meio deste venho propor meu argumento a cerca de eliminar os problemas a serem
encarados pela sociedade, no caso dos bebês anencéfalos. Afinal de
contas, é bem mais fácil livrar-se das coisas que trazem consigo
uma nova estrutura ou preparo social, que abalam a nossa zona de
conforto, do que encarar o problema e buscar soluções, tratamentos
e avanços nos aludidos casos, uma vez que se aprovada a legalização
do caso em tela, as possíveis soluções ou melhorias na qualidade
de vida de bebes anencéfalos, cairá no mar do esquecimento, deixando
assim o direito a vida dos bebês, excluídos nas mais ignomínias
profundezas da terra.
Devemos ter em mente que as
tecnologias que identificam a anencefalia podem falhar, podem levar a
óbito um feto que posteriormente, nasceria saudável. Não basta
apenas aprovar o aborto dos anencéfalos, é preciso ter em vista toda
a base médica, toda a estrutura possível, para depois se pensar com
acuidade no aludido caso.
Comparo o presente feito, com a
legalização da pena de morte em nosso País, posto que se tal pena
fosse aprovada, tenho a plena certeza de que a injustiça iria pairar
sobre a nossa sociedade, tendo em vista as dificuldades do poder
judiciário, no que diz respeito as tecnologias, as capacitações de
funcionários, ou seja, no que diz respeito a precisão das técnicas
para se chegar a real situação que merece a pena de morte, dessa
forma é o caso dos bebês anencéfalos, é preciso preparo, é
preciso um maior aprofundamento dos fatos, é preciso humanidade.
Autor: Roberto César G. Vieira
Apenas reflita, em minha humilde opinião só tenho uma coisa a dizer: o Único quem tem o direito de nos tirar a vida é Aquele que de bom grado nos deu o direito de viver.
Pablo a sua descrição e pesquisa sobre a anencefalia, se encaixou como uma luva juntamente com aquilo que escrevi sobre o referido tema. Ficou fantástico Pablo. Parabéns.
ResponderExcluirQue isso meu amigo, sempre feliz com sua participação aqui no blog, é realmente gratificante ter pessoas que nos apoiam nessa blogosfera...
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